A expansão do Metropolitano de Lisboa ao concelho de Loures vai arrancar em 2012 e vai custar perto de 565 milhões de euros aos cofres do Estado, estando previsto o início de funcionamento entre 2014 e 2015.
O projecto consiste na expansão da linha Amarela no corredor Odivelas/Loures/Infantado e da linha Vermelha no corredor Moscavide/Portela/Sacavém, sendo que a obra na linha Amarela, que vai custar 450 milhões de euros, tem data prevista de funcionamento em 2015 e a extensão na linha Vermelha, orçamentada em 115 milhões de euros, tem data de início de funcionamento no segundo trimestre de 2014.
O prolongamento da linha Amarela terá uma extensão de 5,8 quilómetros e vai servir uma população de 66 mil habitantes na área de influência directa. O prolongamento da linha Vermelha, por sua vez, terá um comprimento de 2,5 quilómetros e permite servir uma população de 18 mil habitantes na área de influência directa.
No entender da secretária de Estado dos Transportes, que presidiu à apresentação do plano de expansão, em Loures, a obra explica-se com a intensidade e os fluxos de pessoas, nomeadamente com os "congestionamentos existentes todas as manhãs".
"Aí percebemos exactamente qual é a dimensão das pessoas que querem e que todos os dias necessitam de entrar em Lisboa, portanto das pessoas a quem nós precisamos de garantir o transporte para a entrada em Lisboa", explicou Ana Paula Vitorino aos jornalistas.
Para a governante, esta é, "sem dúvida alguma", uma obra que fazia falta ao concelho de Loures. "É uma obra aliás que tem vindo a ser reivindicada pelas populações de todo este corredor, já há muitos anos, e que faz parte dos planos de expansão do Metro também já há muitos anos", sublinhou.
Sobre o facto de o projecto prever a totalidade da linha em túnel e não à superfície, Ana Paula Vitorino explicou esta opção "mais dispendiosa" por ser a única "fisicamente possível" do ponto de vista orográfico. "Para conseguirmos ter uma ligação entre zonas com cotas muito diferentes só através de uma solução enterrada. Em termos da tecnologia, é a única que nos permite ter uma capacidade de transporte adequada à intensidade dos fluxos de pessoas", explicou a secretária de Estado dos Transportes.
Acrescentou ainda que, em termos de calendário, até 2012 têm de ser feitos os projectos de execução e as avaliações de impacto ambiental."