sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Desassossego

Portela, 10 de Janeiro de 2006
5h50 da manhã

Uma vontade que me parece parva ataca-me o corpo, o cérebro não para de dizer: exprime-te; Comunica o que pensas. Assim o fiz, ou faço neste momento. Escrevo.
Já tentei esboçar algo para o jornal da minha faculdade, mas falta-me um bocado de apoio teórico para sustentar de forma mais pormenorizada o texto, a minha argumentação.
Já não escrevo no blog ao tempo. Quero que isto seja escrito depois lá.

Atingem-me pensamentos com várias direcções, ambiente, amor, economia, reciclagem, gestão, valores, dinheiro, felicidade, ou seja, um bocado de tudo, ou quase tudo o que compõe a vida, ou pelo menos os valores que me conduzem (como excluir a noite, a boémia, a música, o prazer? Ninguém excluiu!)
Sinto-me vivo. Inquieto. Ouço os carros lá fora. Acho que o café que tomei em Sesimbra acordou-me demais, mas este café acordou-me a alma. Não sei se é bom ou não ela estar inquieta, mas alguém inquieto não sossega. Sossegar às vezes é perigoso... sosseguei tanto tempo que em tempos pareci desaparecer. O meu Eu, aos poucos, vai-se voltando a reafirmar, sobre égide de valores reforçados, de novos valores, de novas vivências e de um amor profundo ao Homem, à Natureza, às coisas, às estrelas, ao finito que penso ser e ao pouco tempo que penso existir para tanta energia que me circunda neste momento. Tantos projectos, tanto sentimento, tanto amor, tanto pensamento! Estou acordado! Adormeçam-me! Sofro assim! Sofro assim porque não me consigo adormecer! Bah!
Preciso que a “escola” comece a correr bem. Preciso. Preciso voltar a sentir-me forte. Preciso. Basta de desperdício!!! (Suspiro).
Incomoda-me que estas “sparks” só me dêem de vez em quanto, porque na maioria das vezes fico cheio de “sono”, inerto e com os projectos a meio caminho. Preciso de uma fonte de energia! Onde andas energia? Preciso de ti. Preciso acordar. Preciso de sentir-me útil! A alguém e também ao mundo!
Matemática enlouquece-me! Gosto de História, ela é precisa para não voltar a cometer os mesmos erros. Mas é na Economia e nas economias que com a minha visão poderei levar este mundo a um melhor porto. A “mão invisível” é feita por todos, todos juntos por um caminho melhor... será frustrante? Estarão todos a dormir? Precisarei gritar? Terei forças para gritar? Sabedoria? Conhecimento? Inteligência? Força de vontade? Apoio? Organização?
Tenho que fazer o meu curriculum para começar a direccionar a minha vida, para onde realmente desejo, para a melhoria das condições de vida de todos os Homens, a todos sem destruir o que define o Homem: Sonhar. Sem Natureza, sem beleza, sem água, sem animais, seremos aliados daquilo que somos. Aí então perceberei quando alguém me disser: “Para que vives?” Hoje digo ainda: “Para quê morrer?”. Há tanta beleza em cada recanto, se destruirmos tudo o que nos rodeia então vamos parar de ser Homens... passamos a ser máquinas, frias, consumistas, inúteis e lamento dizê-lo: desnecessários!

Ainda tenho o peito a dizer-me para continuar a escrever. Merda.
Mas quero ir dormir. Estou vivo.
Faço rezas para a energia não me abandonar.

Gustavo


P.S- Este texto foi integralmente copiado da folha de papel onde tinha escrito, tal como desejado na altura...
Estou sem net em casa, logo as fotos aqui têm escasseado, como os textos. Vou tentar modificar tal aspecto...(não ter fotos... nem textos). Inté.

2 comentários:

jchalana disse...

Não é raro dizer isto mas, é mais raro dize-lo com convicção: Gostei muito.

Anónimo disse...

Thanks puto.