domingo, maio 10, 2009

Tive 47 Pontos-O Teste do Dr. Phil

41 A 50 PONTOS: Os outros vêem-no como uma pessoa fresca, cheia de vida, charmosa, divertida, prática e sempre interessante, alguém que está constantemente no centro das atenções, mas que é suficientemente equilibrada para não deixar que isso lhe suba à cabeça. Também a vêem como uma pessoa amável, com consideração pelos outros e compreensiva, alguém que está sempre disposto a animar e a ajudar os outros.

ahahahha

Estou sempre a tentar saber mais.. ;P

sábado, maio 09, 2009

Conferência do Nobel da Economia e Jantar em São Bento


A Conferência Economia e Energia, realizou-se ontem, dia 8 de Maio de 2009, teve como orador o Nobel da Economia Joseph Stiglitz no auditório da Fundação Gulbenkian. O Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, deu as honras de apresentar o orador e gerir as conversas. Nela estiveram presentes centenas de pessoas, entre eles várias dezenas de alunos universitários de Economia, Engenharia e Gestão de todo o país.

Tratou-se mais de uma palestra a falar sobre as razões da crise e de possíveis formas de a tentar resolver do que abordar a questão da Energia em Portugal.

Stiglitz, quando questionado por um dos presentes, abordou o tema das Renováveis relativamente ao afirmar que as Green Industries eram uma boa forma de se investir devido à sustentabilidade que daí adviria. Criariam emprego e fomentariam a procura devido ao investimento necessário. Disse também que para incentivar as En, ainda mais, a sua propagação o custo cobrado pelo co2 deveria ser mais elevado e que na Europa o preço deveria ser ainda mais realista (mesmo tendo já a União Europeia alguns avanços neste mercado do carbono, quando comparado com os EUA onde o co2 tinha preço de 0). Ao fazer pagar-se pelo co2, muitas empresas que iriam ser forçadas a investir em energias menos poluentes para não pagar os custos com as emissões poluentes(lá está... pagar pelas externalidades).

De uma conferência interessante, a um jantar em São Bento. Comemos no jardim do Palácio de São Bento onde o bom tempo não estragou a festa. De um jantar a uma conversa apetitosa, quase à porta fechada, com o Sr. Primeiro Ministro José Socrates. Esta honra coube aos poucos que ficaram para o fim. Fiquei supreendido. Vi a parte humana do nosso Engenheiro. Saí bem impressionado. Foi bom ter esta experiência. Senti mais um orgulho de ser habitante deste pequeno país com tanta personalidade. Onde o nosso líder consegue sentar-se a conversar com os jovens deste país. Debater. Explicar. Estar próximo do poder político é importante para percebermos que somos o futuro deste país. "Quem sabe se não sairá daqui o próximo Primeiro -Ministro deste país" brincou Sócrates.


Hoje saúdo Portugal. É preciso ter fé. Mas é preciso agir. Já agimos em tempos contra mares desconhecidos. Hoje também é dia. O futuro a nós pertence. Temos um lider para nos guiar, isso é certo. Se os Media não passassem o tempo sempre a dar só notícias degradantes e pessimistas, talvez estivessemos bem melhor. Bem mais felizes. Bem menos deprimidos como país. Não é assim. Não "é a vida".

Obrigado Sr. Primeiro Ministro, foi uma honra. "Foi mais que um prazer".
Precisavamos de agir, mesmo que custe a muitos... mas na mudança e na política temos que fazer decisões... e algumas prejudicam algumas "divisões", mas é preciso pensar pelo todo. Pelo todo e pelo país. O nosso país. A longo prazo.

Gustavo Lima

Energy WEEK-Sustentabilidade em Portugal


O Encontro Mundial de Jovens Universitários sobre a temática das Energias Renováveis de Portugal que decorreu entre dia 6 e 12 de Abril de 2009, a meu ver, foi um sucesso.


E foi um sucesso porque? Juntaram-se mentes pré-adultas, dinâmicas e heterogéneas dos “quatro cantos do planeta” a discutir uma temática que muito interesse tem ao país mas também ao mundo em geral. Trocamos experiências, trocamos conhecimento. Tentou dar a se conhecer na área das Energias renováveis (num curto espaço de tempo) o que de melhor e mais grandioso se tem feito no nosso país. Chamou-se à atenção, mais uma vez, para o problema do Efeito de Estufa e para o problema energético de Portugal, problema esse que outros países também enfrentam. Criámos ligações importantes com indivíduos verdadeiramente interessantes, activos, importados e empreendedores.


Como Português fiquei orgulhoso ao ver tanto trabalho em desenvolvimento, tanto capital e energia humana direccionada para uma tecnologia mais limpa, mais avançada. Estamos em acção para algo que verdadeiramente importa. Vejo no futuro algo ainda mais grandioso. Uma área que pode dar emprego a muitos portugueses e lançar o país para o alto mar do sucesso! Não podemos continuar a persistir nas nossas áreas tradicionais, porque hoje deixamos de ser competitivos em muitas delas.

Para problemas globais, exigem-se soluções complexas mas também globais. Portugal sozinho não conseguirá mudar o mundo. Podemos tentar ser o capitão nesta nova cruzada em busca da salvação do planeta, mas precisamos do resto da sua equipa. Esta Energy Week foi também uma forma de contactar a equipa. Espero realmente que continue no futuro, e que este tema continue a estar na agenda do nosso Governo. O Estado cria a regulação para fomentar investimento, mas tem de partir de nós investirmos nesta área.

Como disse, e bem, o ministro da Economia e Inovação Manuel Pinho “não podemos ser bons em tudo”, temos de escolher. Já Michael Porter na década de 90 ao serviço do governo nos tinha alertado para desenvolvermos somente alguns nichos.

Aqui estamos nós. Portugal escolheu investir na área das renováveis. Estamos em Acção. É preciso sinalizar acção. Esta Energy Week foi também uma forma de o fazer. Precisamos que os Portugueses sintam que precisam de mudar.

Tinha e reforcei a minha consciência da correlação positiva fortíssima entre detenção de energia e crescimento. Sem energia não pode haver crescimento. Crescimento económico esse que com políticas correctas geralmente leva a desenvolvimento. Portugal é um pequeno país dependente de energia fóssil e poluidora mas rico em sol, vento, mar e algumas fontes hidráulicas. Se temos quase todos os ingredientes para termos sucesso nesta área o que nos faltava? Porque não agimos mais cedo? Faltava empenhamento? Vontade politica? Alguma tecnologia? Mudar mentalidades e comportamentos? Mas agora sinto que estamos em acção.

O nicho que se está a formar no Norte do país é realmente de saudar. Formando um nicho forte nesta área poderemos formar uma “Silicon Valley” nas Energias renováveis no nosso país. Eu sonho. A obra nascerá?

Já temos vários projectos realizados na área, mas outros terão que continuar a aparecer.

Os projectos na área das renováveis quer a nível de centrais hidráulicas, eólicas e solares que existem (e existirão cada vez mais!) no interior do país são importantes também para revitalizar as suas micro economias. Não só são bons para o sistema eléctrico nacional reduzindo a nossa dependência nas energias fósseis, como o podem ser para garantir mais equidade social nessas zonas, e contrariar a evasão das populações jovens e formadas do interior do país.

Precisamos continuar a investir em I&D, para podermos tornar estas energias ainda mais eficientes e competitivas. Juntar cada vez mais o conhecimento universitário ao mundo empresarial. É um percurso de falhanços e vitórias, mas que os falhanços não sirvam para nos desmotivar, mas para nos tornar mais sabedores.

É preciso também continuar a dar estabilidade ao mercado para que novos investimentos surjam. E essa será uma grande responsabilidade do governo. Mas, além disso, é preciso que envolvamos cada vez mais os portugueses a nível de formação nas energias renováveis. Aparecerem mais e melhores cursos na área das Energias Renováveis, quer a nível de gestão, que a nível de engenharias é neste momento uma necessidade, a meu ver, não ainda colmatada.

Sermos detentores de know how numa área como esta é verdadeiramente importante, mais crucial ainda quando enfrentamos um problema global como o são o efeito de estufa e as oscilações constantes no preço do petróleo.

Todos os mercados têm uma Oferta e uma Procura.

Muito se tem feito do lado da oferta de novas energias renováveis, mas só trabalhar e investir na produção de energias renováveis não será suficiente para ganharmos o desafio de diminuirmos abismalmente as nossas emissões de Co2. Há que mudar comportamentos dos consumidores ao nível da Procura/Consumo de energia. Como? Primeiro chamando a atenção para o problema e fazendo as populações diminuir consumos. Como? Através de sistemas e utensílios mais eficientes mas também de introduções de algumas soluções criativas. Difícil? Talvez. Possível. Sim. É preciso criatividade, desejo de mudar e acção. Existem muitos projectos e ideias bem conhecidas que podiam ser introduzidas e que no mínimo revolucionariam o sistema. Bastante se tem feito (exemplo do programa das lâmpadas de consumo reduzido), mas bastante mais se terá que fazer.

Os transportes (que são uma das maiores fontes poluidoras e consumidoras de energia) são uma parte importantíssima do problema que temos no sistema. Nesta área, nas grandes cidades, em especial na Grande Lisboa muito há a fazer. Apostar em mais transportes públicos de qualidade é uma necessidade. Não só pelo sistema energético como também pela qualidade de vida das populações. Temos de parar de sujar o local onde habitamos. Novos troços de metro devem rapidamente alastrar-se pelos subúrbios lisboetas, punindo-se o uso abusivo dos carros. Uma faixa somente para transportes públicos devia passar existir em todas as ruas das nossas cidades. Os transportes públicos têm de ser fiáveis, rápidos e seguros. Além disso, em relação às novas viaturas, viaturas mais eficientes terão de aparecer. Incentivar realmente os carros limpos e punir os “carros sujos” é uma necessidade para que isso aconteça. Alguns são objectivos de médio longo prazo, mas no “agora” se faz o futuro.

Deixemos finalmente as caravelas repousar em paz, hoje Portugal é um país de futuro.

Renovável. Puro. Inesgotável e Energético.


Publicado em: A new energy era- Renewable energy in Portugal (cd)- Ministério da Economia e da Inovação


Gustavo Neves Lima- Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais – Universidade
Católica